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DAR TEMPO AO TEMPO

Poderia começar este escrito de diversas formas no tempo do presente indicativo onde escrevo deixando suspense, e nem mesmo eu sei o que vai acontecer no final. Contudo, decidi definir este escrito no tempo verbal mantendo coerência na historia. Poi, vou utilizar o pretérito imperfeito, tudo começa no passado, mas no momento essa narração ainda não terminou.              Antes de qualquer coisa devo perguntar: quem realmente somos neste mundo? Falar meu nome não é algo relevante, devo apenas perceber o tempo e o espaço. Mas, como perceber nosso pano de fundo diante da vida? Curioso, a vida não é diferente da arte, tudo se mistura. Toda arte é uma representação da vida de alguém, às vezes escrevemos nossas historias e nem damos conta deste escrito. Eu escrevo num papel para poder saber onde estou. Entretanto, a maioria das pessoas têm histórias orais, sem registro grafado. Devo mencionar que minhas lembranças não são boas, é que deixei pessoas para trás e isto me incomodou a v
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Como perceber imagens conflitantes?

       Como percebemos o mundo, ou melhor como percebemos a nos mesmo diante do mundo onde qualifica o seu caráter e valores? Ontem tive que me deparar com imagens esquecidas a muito tempo.         Neste instante pude perceber que o tempo tinha passado e tudo mudou. Certa vez perguntei o que é o tempo? A resposta ao meu questionamento foi que o tempo é um processo de abstração, pois nossa mente é atemporal.         As imagens direcionadas a mim ontem deixaram-me confuso, neste momento percebi que se não conhecemos as pessoas a nossa volta imaginem as pessoas que estavam longe. Hoje tento absolver tal informação e não consigo, até para escrever-te  blogger sobre tais questões esta sendo difícil para mim!         No entanto, escrever é direcionar minhas aflições e angustias sobre tais sentimentos incompreendidos durante 20 anos. Deus, o que fazer diante de tudo isto? Senhor, orienta meus passos, direciona minhas incertezas, pois não sei lidar com isto!

LEITURA E ESCRITA

Mencionar sobre o processo da leitura e da escrita não é apenas focar no ato de ler ou escrever, é necessário examinar como ocorre à alfabetização, como a criatividade da criança foi aproveitada no momento da garatuja! Diante de tais contextualizações examina-se que alfabetizar é buscar desejos, motivações e/ou aproveitar todos os momentos de garatujas.             Garatujas são os primeiros traços que as crianças produzem quando percebem o mundo ao seu redor. Pode-se mencionar que são representações simbólicas ou leitura do mundo vivido, é o primeiro traçado da escrita.   Para os pais estes rabiscos não têm significados, tornam-se apenas leituras incompreensíveis. Porém, aos olhos das crianças estes riscos mal traçados trazem as primeiras características da essência de coisa, qualifica a maneira de interpretar o mundo vivido.  Vigotski (2014) em sua obra imaginação e criatividade na infância menciona que a imaginação e a criatividade articulam-se com as experiências indiv

Mundo Virtual - Espelho, espelho meu quem é mais bonito do que eu?

O mundo Contemporâneo trás uma virtualidade, este universo converte-se em instrumentos privilegiados para exploração de novos tipos de espaços Narcísicos - transferências psicossociais. O drama do Eco de Narciso esta presente no mundo virtual, onde os corpos encantados com a virtualidade se confundem com a própria realidade, ou seja, não existe ligação entre as imagens sonoras e corpos reproduzidos nestas redes. Como um espelho, as teias sociais transparecem projeções interiores do eu-isso, são transferências transmitidas pelos outros. Estes sujeitos transladam uma necessidade de ser o que é reflexo. Daniel Calmels, escritor e Psicomotricista Argentino menciona que o espelho é o carbono intocável, é uma marca sem pegada, não guarda a privacidade da noite, ignora a noturnidade.  É importante citar que o drama Mitológico do Eco de Narciso reflete-se no mundo contemporâneo virtual - redes sociais, estes espaços revelam pulsões ligadas ao eu-isso. E como um espelho, evidenciam d

SIGNIFICAÇÕES DO SILÊNCIO - CRÔNICAS DO EU

Data: 19/09/2013 – aula de campo             Hoje acordei muito cedo, fui levar meu filho até a escola, participaria de uma aula de campo. Estava bastante entusiasmado, acordou às quatro e quinze da manhã, um horário histórico. Ao ouvir seu despertador logo pensei: este sujeito já acordou? A mãe acordará às quatro horas, fiquei deitado esperando as ordens da saída, sim, vivemos sob as ordens femininas, no entanto estava com muito sono, saímos às cinco horas e quinze minutos.             Durante o caminhar ele esperava recomendações, muito jovem tem apenas quatorze anos de idade, passa por um processo maturescente. Curioso, mas o crescimento físico sofre o efeito conjugado das variações individuais da personalidade. Tais alterações sofrem influências sócio/culturais, por este motivo os pais devem estar atentos às escolhas grupais. Ou seja, as influências do grupo social do jovem em desenvolvimento, estes caminhos direcionam a fase adulta.    Por exemplo: a representação men

SIGNIFICAÇÕES DO SILÊNCIO - CRÔNICAS DO EU

Data: 17/09/2013 – silenciosos anos de vida             Hoje com cinquenta e um anos de existência, minhas buscas mentais ou imagens materializadas sobre a vida completam-se com mais clareza. Percebo que não me sinto velho, em épocas passadas estas ocasiões me levariam a ser velho.   Contudo, percebo que ao longo dos anos fui deslocando-me silenciosamente em espaços temporais, espaços que me fizeram amadurece. Ainda assim, para madurar é necessário passar da dependência materna, relação “eu outro”, a liberdade social, “eu isso”. Se você comentar a alguém que você existe nesta idade temporal vão lhe dizer que você já viveu bastante, deve ter uma boa condição econômica/social. Mas, se pensarmos que a mente é atemporal, você vai perceber que houve apenas uma travessia da abstração maturacional, ou seja, o isolamento de um estado de coisas relativamente complexas. Vivemos numa sociedade silenciosamente castradora, uma sociedade que determina a neurose da beleza sobre o poder Cap

SIGNIFICAÇÕES DO SILÊNCIO - "CRÓNICAS DO EU"

Data: 02/09/2013 – observações silenciosas             Estava num transporte coletivo, na qual passei a observar comportamentos variados, devo mencionar que o coletivo não estava lotado. Existindo alguns assentos vazios, inclusive do meu lado.   Meu destino era longo, por tanto tinha muito que observar. Duas cadeiras à frente tinha um rapaz de mais ou menos 30 a 35 anos, ouvia e/ou fazia os outros ouvirem sua música, que por sinal era de muito mau gosto para mim. A música falava da exploração feminina ou sobre a desvalorização da imagem corporal, dizia mais ou menos assim, “só as cachorras...”.             Mais uma vez a imagem do corpo retorna aos meus escritos, partindo deste princípio devo mencionar que as pessoas vestem-se de acordo com a determinação da imagem social destinadas pelo seu grupo.                 O rapaz usava uma bermuda de marca, uma camisa de malha e uma sandália da moda, sem falar de sua mochila. Neste momento fiquei pensando; será que estas marcas s