Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2016

SIGNIFICAÇÕES DO SILÊNCIO

DATA: 25/07/13 – a interrupção do silêncio               Hoje despertei com um barulho intenso, rumores estrondosos, levantei para observar, e dei-me conta das horas. Mais uma vez percebi que o tempo era fugidio, corria léguas do meu próprio tempo.               Mas, a agitação barulhenta continuava, procurando identificar a causa da interrupção do meu silêncio, percebi o cantar dos pássaros, cachorros ladravam e ao longe ouvi uma voz que dizia: “mamãe chagou”. Olhei pela janela, era a vizinha da frente informando aos gatos a sua chegada. Logo percebi a transferia ao animal sua necessidade inconsciente da maternidade. Talvez a imagem simbólica “mamãe chegou” lembrava-lhe a primeira infância dos filhos, ou transferia linguisticamente seu discurso à necessidade de um neto. Tal situação é normal examina-se isto todos os dias e todo o tempo, necessidades maternas! De qual quer forma o gato supri sua carência materna, já que os filhos eram adultos e não lhe davam os mesmos carinh

SIGNIFICAÇÕES DO SILÊNCIO

DATA: 24/07/2013 – CALOR  INCÔNSCIO               Não sei como me deixei adormecer por tanto tempo, hoje despertei com o sol quente sobre o rosto. A quentura dava arrepios internos, um calor tanto que se misturava a outras questões.   Ciente e com plena consciência, não podia deixar-me transcender ao inferno do calor terreno que queima intensamente a alcova. O calor chega ao ponto de quase pegar fogo nos lençóis, penso que este calor intenso é meu desejo libidinal reprimido ou será o silêncio frio e solitário do repouso.               Por falar em solidão, escrever é um ato solito, e perceber-se compondo temas que podem levar alguém ao torpor ou ao gozo supremo, é hilário. Hoje escrever para mim é projetar ao papel observações dos desejos incônscios, são imagens linguísticas que deixa transparecer o silêncio obscuro refugiado no tártaro do submundo da mente.               Neste instante necessitei de Nasio, percebi que o silêncio sentido se faz discurso na simples recusa, ou

SIGNIFICAÇÕES DO SILÊNCIO

DATA: 23/07/2013 - LUA               O que é o ontem, ou o hoje? Poderíamos definir esta diferença no processo mental, ou apenas físico? Como já falei anteriormente ainda outro dia estava relembrando as aulas de metapsicologia, tais lembranças levou-me a perceber que o tempo é um processo de abstração mental, é subjetivo.   Contudo, nossa mente é um Órgão atemporal, isto é, não definimos conscientemente o processo mental que consiste em isolar aspectos determinados e/ou relativamente complexo. O nosso passado são momentos vivenciados que nos levam a estados abstratos positivos e negativos. Se pensarmos na teoria da relatividade vamos ter a sensação da percepção visual, do movimento solar e lunar, isto é, a sensação do dia e da noite. Poderia explicar sobre a glândula Pineal localizada no Sistema Límbico,  ela esta localizada no meio do cérebro na altura dos olhos, é um órgão cronobiológico, um relógio interno. Obedece aos elementos ambientais e regula o ciclo entre dia e noite.

SIGNIFICAÇÕES DO DESEJO

DATA: 20/07/2013 – ato falho               Ontem reencontrei com um dos meus desejos não vividos (objeto de amor), reprimido pelo sistema moral/social. Devo mencionar que tais estados inconscientes são internalizadas pela consciência/social, memória de trabalho. Estas imagens conscientes deixam ressurgir um sentimento silencioso de impossibilidade que toma todo o corpo mental e o corpo físico, este estado de mal estar é chamado de frustração, podendo depois ser depressão.               Relembro as aulas de metapsicologia [1] , percebo as economias psíquicas dominando a fonte de tensão e excitação, impedindo a satisfação das exigências pulsionais. Tais economias dificultam o desejo do toque, proíbe a sensação do cheiro ou o gosto no órgão muscular recoberto de mucosa (língua) sobre o corpo do desejo libidinoso.               Curioso, mas a sensação do não sentir toma todo o corpo neural, no qual o corpo passa a ser condutor da descarga elétrica. Tal condição domina-se como imposs

SIGNIFICAÇÕES DO SIÊNCIO

DATA: 18/07/2013 – imagens projetivas do eu               Hoje despertei pensando sobre os meus desejos reprimidos pelo tempo, mas o que é o tempo? Seria uma ideia vazia do presente, passado e futuro ou uma reflexão isolada dos meus desejos relacionados à realidade subjetiva do espaço temporal da mente.               Foi anos vividos sob o domínio do medo, medo de sentir prazer em algo errado, de estar fazendo algo errado! Em minha vida, cinquenta anos de vida, aprendi que somos desalojados de nós mesmo, nossas escolhas revelam desejos inconscientes, reprimidos pelo tempo. Ao mesmo tempo tais desejos são direcionados a nós de outra forma, desviamos do foco, o desejo. Somos obrigados a procurar alguma forma de sentir prazer, e o objeto de prazer desejado é esquecido. É importante destacar ao leitor que ele é quem deve nomear seus anseios frustrados, em meus escritos nomeio os meus desejos latentes. Contudo, silenciar desejos é despertar a vida e a morte, é reprimir todos os e

SIGNIFICAÇÕES DO SILÊNCIO

Data: 13/07/2013 – observando outros silêncios               O estado de abstração levou-me a perceber a dor do outro numa imagem espetacular imposta pela sociedade. É curioso, mas refletimos imagens direcionadas pelos grupos que escolhemos e/ou somos escolhidos. Quero dizer que somos acolhidos pelos grupos diante das nossas necessidades emocionais ou carência afetiva.               Conhecer e estudar sobre o universo do sujeito em desenvolvimento emocional levou-me a perceber uma busca por proteção das meninas e a exposição espontânea de perigo dos meninos. Essa busca é uma resposta ou uma demanda emergencial da crise aguda/inconsciente, é uma busca por espaço interno e externo. Contudo, diante do trabalho com oficinas operativas no meio aberto pude perceber que a busca dos sujeitos atendidos é uma organização interna. Tais demandas podem leva-los muitas vezes a uma fuga ou uma liberdade desenfreada. Essa liberdade é uma resposta ou uma acomodação interna. Buscamos os outro

SIGNIFICAÇÕES DO SILÊNCIO - Crônicas de uma auto análise pessoal.

Data: 27/06/2013 – estímulos ambientais               Ontem percebi a influência da dor sobre os estímulos ambientais no comportamento social dos sujeitos que vivem a margem. Para ser mais preciso sujeitos que não têm o amparo social, vivem da esmola do Estado. Ao mesmo tempo, percebi a instrumentalização e a imagem do pensamento sobre o outro.               Estava sentado na salaSILÊNCIO de espera da perícia médica, em silêncio passei a observar a sobrecarga físico/mental dos pacientes que aguardavam atendimento. Essa dor resumia-se entre a doença e a ansiedade, estado psicológico direcionado pelo medo e a dor da espera. Espera miseravelmente, essa miséria é direito do trabalhador, direito adquirido por leis trabalhistas.                 Por outro lado, para os peritos (médicos) existem uma separação entre a política e a ética, isto é, a instituição e os sujeitos reprimidos por sobre uma dor físico/mental construída pelo desamparo do Estado.                 Essa obsorção

SIGNIFICAÇÕES DO SILÊNCIO

Data: 24/06/13 – mundo esgotado               Curioso, mas ainda pensando sobre o silêncio sentido pude perceber que este estado de taciturnidade são desejos inconscientes. É como perceber o princípio de um prazer frustrado. Seria uma recusa ao mundo esgotado?               Não, é estar próximo dos questionamentos do “eu social e familiar”, é exprimir uma imagem espetacular direcionada ao “eu-atual”.               Ao mesmo tempo o silêncio é resignado, ou apenas percebe um corpo diante do espelho. É uma imagem despedaçada pelos alhures. Tais imagens têm rostos que nunca se reduzem aos traços. Para Lacan o estádio do espelho marca um começo, o nascimento da imagem do “eu” ou é a pré-formação da imagem do “eu social”.                 Contudo, essa imagem refletida diante do meu espelho, é a imagem espetacular direcionada sobre os olhos atentos do meu “eu social”. Ela tem rostos, rostos como janelas abertas para outros alhures.               E se as janelas fecham, não voltam

SIGNIFICAÇÕES DO SILÊNCIO - Crônicas de uma Análise pessoal.

Data: 24/06/13 – a busca               Hoje acordei mais tarde e pensando sobre o silêncio sentido no dia anterior, pude perceber que era um silêncio além do silêncio, só de pensar dá arrepios.               Neste momento passei a refletir sobre vários questionamentos e perguntei-me: este silêncio é uma palavra não dita ou uma palavra esquecida, em espera. Ou ainda uma palavra que deveria encontrar sua origem no próprio silêncio, no passado?               O que passo agora é completamente consciente/inconsciente. Ou seja, não dou conta de tais questionamentos, normalmente não percebo ou reflito sobre questões silenciadas.  Não ouço os meus desejos ou questões vivenciadas.               Percebo que estes estados emocionais não vividos, mas sentidos inconscientemente são frutos de desejos latentes, nascem do princípio do prazer e/ou do gozo não sentido!                 Ressalto ainda que este processo não sentido são expectativas frustradas. Por este motivo provoca um silê
Data: 23/06/2013 – o primeiro contato               Hoje "Camutanga [1] " torna-se cada vez mais calma, posso mencionar calmo ao quadrado. Acordo como sempre no mesmo horário, às 6 h e 30 min.  Fui até a saca e percebo um silêncio além do silêncio, lembrei-me de Dante e pensei que estava no céu, depois voltei e compreendo que sou um cavaleiro andante.                 Mas, imediatamente constato que o céu não é o limite, ainda tenho que passar pelo purgatório e o inferno.   Contudo, ao levantar-me examinei que estava em Camutanga, uma rua calma e ao mesmo tempo observadora. Neste instante questionei-me: será que o repouso levou-me a conhecer meu interior ou estou agoniado com o meu próprio silêncio?   [1]    Denominação pessoal da rua onde mora o autor.

SIGNIFICAÇÕES DO SILÊNCIO - CRÔNICAS DE ANÁLISE PESSOAL

INTRODUÇÃO           Devo mencionar que sempre perguntei o significado das imagens projetadas em meu Consciente. Ou seja, os questionamentos do eu e as imagens ações construídas em meu imaginário consciente/inconsciente.   Observando a minha mudez passei então a examinar outras; há de se convir que tanto as imagens projetadas diante de mim, e ao mesmo tempo percebo a mudez dos outros, que refletem sobre a construção do “eu”. Devo mencionar que fazem parte das imagens expendidas a mim. E partindo da segunda teoria psicanalítica do aparelho psíquico examinada por Freud - conceitos do id, ego e supereu. Estes conceitos são responsáveis pelos três sistemas da personalidade. Para ser mais claro fazem parte da construção do “eu” e do “eu- isso”. Diante de tais conjecturas psíquicas teci estes escritos, nele exponho as significações do meu silêncio e de outros silêncios examinados por mim. Curioso, mas descobri que ao dissertar tais significações, estava reverenciando temas psicoss