UNIVERSIDADE
ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA
ESPECIALIZAÇÃO
EM PSICOPEDAGOGIA – POLO NATAL
CONSENZA,
Ramon M. NEUROCIENCIA E EDUCAÇÃO: como o cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011.
DISCIPLINA:
Bases neuropsicopedagógicas da aprendizagem
ORIENTADORA:
Socorro Dantas – Pedagoga e Especialista em Psicopedagogia
ORIENTANDO:
Barros Neto, Manoel Esperidião do Rêgo.
CIRCUITO
DOPAMINÉRGICO: utilizam à dopamina como
neurotransmissora, estas moléculas secretarias ou neuromediadores são
responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos, tendo como alvo principal
uma região da base do cérebro, o núcleo acumbente conectado ao córtex
pré-frontal (lobo frontal). Estes neurônios transmissores ativados provocam
sensações de prazer e bem-estar.
REGULAÇÃO DOS PROCESSOS
MOTIVACIONAIS: córtex pré-frontal, núcleo acumbente e
área tegmentar ventral.
Mecanismo
importante para o desencadeamento e a regulação de comportamentos que levam à
saciação de necessidades como: alimentação e a reprodução (sobrevivência). Estas
atividades cerebrais é resultado de informações vindas do organismo (fome, dor,
desejo sexual etc.), pois determina o comportamento a ser exibido pelo sujeito.
Cabe ressaltar que a motivação não se refere a comportamentos reflexos ou
localizados, contudo, envolve a aprendizagem e outros processos cognitivos e
que se encarregam da organização das ações que garantam a sobrevivência dos
sujeitos. Sendo assim, a maioria dos comportamentos motivados e/ou direcionados
para um fim, é aprendido, e a liberação de dopamina em algumas regiões
cerebrais parece estar associada a esse tipo de recompensa que leva a
aprendizagem. Bossa (2002) menciona que o sintoma escolar do não aprender é
mobilizador e especial, é um grito de socorro.
É
necessário citar que a maioria das substâncias psicoativas (cocaína, crack,
estase e outras) que causam dependência ou abuso atua estimulando sinapses do
circuito dopaminérgico, provocando prazer hipotético. As substâncias
psicoativas ativam o sistema de recompensa neural levando o sujeito a repetir
comportamentos que desencadeiam sensações supositício. Os adolescentes cujo
cérebro passa por grandes transformações tornam-se vulneráveis as substâncias
de prazer efêmero, ou seja, sensações hipotéticas.
ÁREA ORBITOFRONTAL: localizada no
córtex pré-frontal (cérebro visto por baixo)
OBS:
Região orbital ou orbito-frontal localiza-se na face inferior do cérebro.
Atua
analisando e integrando estados emocionais provenientes da amigdala ou outras
informações vindas das vísceras, assim como dados enviados por outras regiões
corticais relacionados com experiências anteriores registrado nas memórias.
Cabe ressaltar, os fenômenos emocionais têm raízes biológicas, vivenciais e de
sobrevivência da espécie, é gerado pelo princípio do prazer. Consenza (2002)
cita que as emoções costumam ser considerado um resíduo da evolução animal, são
tidas como um elemento perturbador para uma tomada de decisões.
Sujeitos
com lesões pré-frontal (Ex: derrame cerebral), embora inteligentes e normais em
outros aspectos do comportamento, podem agir de forma inadequada como: reações
exageradas e/ou insuficiente, totalmente improprias ao contexto social. É
importante citar que as emoções são fenômenos centrais da nossa existência, no
qual têm grande influência no processo de aprendizagem e na memória.
RESPOSTAS PERIFERICAS
Aumento
do estado de alerta, desassossego, dilatação da pupila, sudorese,
lacrimejamento, alteração da expressão facial, entre outras manifestações,
desencadeando comportamentos inadequados ao contexto social.
AMÍGDALA CÉREBRAL OU NÚCLEO
AMIGDALOIDE
É
um agrupamento neuronal importante para a integração do processamento das
emoções no cérebro. Costuma ser incluído em um conjunto de estruturas
encefálicas conhecido como sistema límbico ao qual atribui o controle das
emoções e dos processos mentais.
A
amígdala age como um centro coordenador, disparando comandos que poderão
provocar o aumento da vigilância e as modificações viscerais como: taquicardia,
sudorese, dilatação da pupila entre outras, além de provocar secreção de
hormônios da glândula suprarrenal, este hormônio desempenha um importante papel
nas emoções seriam: medo ou raiva. Interferindo também no córtex cerebral,
permitindo a identificação da informação emocional.
Cabe
ressaltar que determinados estímulos com valor emocional pode afetar o cérebro
de duas maneiras: pelas vias sensoriais até o córtex cerebral, sendo a
informação enviada à amígdala. Ex: O
cérebro primeiro identifica o estímulo – o
que é? Depois avalia – qual a
importância para mim?
OBS:
As respostas emocionais periféricas são desencadeadas antes que o córtex
cerebral tome conhecimento do estímulo. Segundo Consenza (2002) um pequeno
detalhe do ambiente é capaz de ser identificado como mobilizador, ainda que
passe despercebido aos processos conscientes. Ou seja, o córtex cerebral, ao
perceber as respostas corporais, pode se confundir e identificar erroneamente a
origem da emoção ao fazer associação com os fatores ambientais e imediatos que
foi percebido conscientemente. Podendo confundir a emoção sentida, já que
emoções distintas podem ter uma mesma resposta periférica.
CLASSIFICAÇÃO DAS MEMÓRIAS
Existem
diferentes tipos de memória que comportam subdivisões, das quais se encarregam
sistemas e estruturas cerebrais diferentes. Cabe ressaltar que o usuário de
substâncias psicoativas têm suas memórias afetadas.
MEMÓRIA
DE CURTO PRAZO OU DE CURTA DURAÇÃO: responsável de armazenar acontecimentos
recentes.
MEMÓRIA
DE LONGO PRAZO OU LONGA DURAÇÃO: responsável pelo registro das lembranças
permanentes.
MEMÓRIA
EXPLICITA: lembranças do dia-dia, armazenamento transitório.
MEMÓRIA
IMPLICITA: habilidades, forma de armazenamento permanente.
MEMÓRIA
TARNSITÓRIA: regulação cotidiana do comportamento, hoje chamada de Memória
Operacional ou Memória de Trabalho.
Cabe ressaltar, uma informação
relevante para se tornar consciente, tem que ultrapassar o filtro da atenção, e
a primeira impressão da consciência se faz por meio da memória sensorial ou
memória imediata. Estas informações têm duração de alguns segundos, e
corresponde à ativação dos sistemas sensoriais relacionados a ela. Porém, essa informação
só será mantida no consciente por meio de um sistema de repetição. Podendo ser
elaborado por recursos verbais ou por imagem visual, ou seja, alça fonológica
ou esboço viso espacial. Estes dois processos dependem dos diferentes sistemas
neurais localizados no córtex cerebral.
A todo o momento depende-se da
memória de trabalho ou memória prospectiva, e sistema de repetição tem uma
capacidade muito limitada quanto ao número de informações que podem ser mantidos
em processamento. Este número pode ser repetido dentro de um intervalo de
apenas dois segundos.
A memória sensorial e o sistema de
repetição são componentes da memória de trabalho, este tipo de memória é
transitório, tendo apenas a função de reter informação e de processar
conteúdos. Estes sistemas neurais constituem uma unidade de processamento e
lida com vários tipos de informações, seriam: sons e imagens projetivas
(pensamentos). No qual, os sons ou as imagens projetivas estarão disponíveis para,
raciocínio e a compreensão.
Já a memória de trabalho dispõe de
processos adicionais que permite a conservação da informação, chama-se:
ativação de registro ou armazenamento cognitivo consciente. Ex: local onde se estacionou o carro, caminho
diário, etc. Geralmente ativaremos tais informações periodicamente quando dela
necessitarmos, fazendo associação que permite desencadear a lembrança em
determinado momento, não sendo mais necessária, a informação é armazenada ou
esquecida.
A memória prospectiva tem a
informação fundamental ao nosso cotidiano, ou seja, planejamento de estratégias
comportamentais – agendamento diário. A memória prospectiva e a memória de
trabalho dependem do funcionamento da região pré-frontal (lobo temporal) do
cérebro, com já foi observado lesões nesta área prejudicam seu funcionamento.
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