OS DESAFIOS DO APRENDER – UM
DIÁLOGO ENTRE A PSICOPEDAGOGIA, EDUCAÇÃO E PSICANALISE. (Palestra
Ministrada no Instituto de Ensino Superior Potiguar- IESP – ISBN:
978-85-67241-09-8. Livro Digital 1ª Ed. São Paulo do Potengi/RN - 2014).
BARROS NETO, Manoel Esperidião do Rêgo[1]
RESUMO
O
presente artigo tem por objetivo apresentar um diálogo entre a psicopedagogia,
educação e psicanálise. Por ser uma área de múltipla-especialidade ela
necessita de outras áreas do conhecimento humano para dar diagnóstico e fazer
avaliações. Para a escritura do presente artigo foram realizados estudos
teóricos com especialistas em psicanalise. E os principais autores que serviram
de base para escrita deste artigo foram: Freire (20010), Fernández (1990),
Winnicott (2005), Marty (2012), Deldime (2004), Maldonado (1985), entre outros.
É importante perceber que as evidências estudadas apontaram que a teoria
psicanalítica abre espaço aos estudos da sintomatologia do aprender e do
ensinar. Ao mesmo tempo analisa e compreende os quadros psicopatológicos
apresentados durante o período da latência à adolescência. Os fatos analisados
e compreendidos neste estudo mostraram que os fatores gestacionais, e a
perinatalidade são decisivos na formação do caráter e da personalidade da
criança, tais fatos interferem no desenvolvimento emocional e cognitivo. Estes
estudiosos perceberam que inúmeros comportamentos adolescentes são seguidos por
quadros patológicos, tais quadros levam a evasões escolares, a dependência
química e a não compreensão de aprendizagens. Pois, muitos dos adolescentes
tentam compreender a internalização comportamental, Cs e Ics (inconscientes). E
muitos comportamentos Cs é ao mesmo tempo Ics, ou seja, narcísico-edipiana. No
entanto, para examinar tais comportamentos é necessário estudar a primeira
teoria e a segunda teoria psicanalítica, os fatores desejáveis com relação ao
outro, a fase gestacional (parto e puerpério), e a negação instintiva desenvolvida
na primeiríssima infância. Ao mesmo tempo examinaram-se os processos neurológicos,
biológicos e psicossociais.
Palavras-chave:
Desenvolvimento
emocional/cognitivo, Primeiríssima infância, Fatores Cs e Ics.
RESUMEN
Este
trabajo tiene como objetivo presentar un diálogo entre la psicología educativa
, la educación y el psicoanálisis. Al ser una zona con múltiples especialidades
que necesitan otras áreas del conocimiento humano para el diagnóstico y hacer
evaluaciones. Para la redacción de este artículo con expertos en estudios
teóricos del psicoanálisis se llevaron a cabo. Y los principales autores
sirvieron de base para la redacción de este artículo fueron: Freire ( 20.010 )
, Fernández ( 1990 ) , Winnicott ( 2005 ) , Marty (2012), DELDIME ( 2004 ) ,
Maldonado ( 1985 ) , entre otros . Es importante darse cuenta de que las
pruebas demostraban que la teoría psicoanalítica estudiado abre el camino a los
estudios de la sintomatología de la enseñanza y el aprendizaje . Al mismo
tiempo analiza y entiende la psicopatología presentada durante el período de latencia
hasta la adolescência. Los hechos analizados e incluidos en este estudio
mostraron que los factores gestacionales , perinatales y son decisivos en la
formación del carácter y la personalidad del niño, tales hechos interfieran con
el desarrollo emocional y cognitivo. Estos estudiosos se dieron cuenta de que
muchos adolescentes comportamientos son seguidas por condiciones patológicas
tales marcos conducen a la deserción escolar , la drogadicción y la falta de
comprensión del aprendizaje . Para muchos adolescentes tratar de entender la
internalización del comportamiento, Cs y Ics (inconsciente ) . Para muchos
comportamientos Cs es tanto Ics , es decir , de Edipo - narcisista. Sin embargo,
al examinar dicha conducta es necesario el estudio de la primera y segunda
teoría psicoanalítica teoría, los factores deseables con respecto a la otra
etapa, la gestación ( parto y post-parto ) , y desarrollaron la primera
infancia rechazo instintivo. Al mismo tiempo , se examinaron los procesos
neurológicos, biológicos y psicológicos.
Palabras-clave:
Desarrollo
emocional/cognitiva, Primera infância, Factores de Cs y Ics.
INTRODUÇÃO
É
necessário perguntar: O que é ensinar? E qual a contribuição afetivo/emocional
para o desenvolvimento do sujeito cognitivo/social? Escola e família devem
compartilhar educações, como? Voltando a primeira pergunta, examina-se que o ensinar
intelectual exige dos sujeitos convicções de mudanças, ensinar é dialogar,
compreender o desenvolvimento emocional, psicossocial e ao mesmo tempo
compartilhar experiências. Para Freire (2010) o mundo não é o mundo, o mundo está
sendo. É necessário ter a compreensibilidade do nosso papel no mundo. Pois, o
mundo não se resume apenas na constatação, mas na intervenção. E a mudança de mundo
implica na dialetização entre a denúncia da situação desumanizante e o anuncio
da superação. Diante de tais constatações examina-se que ensinar exigem fortes
reformulações metodológicas e didáticas. Fernández (1990) cita que para um
pensar simbólico e completo exige-se um entrelaçar metódico com fios finos para
assim confeccionar uma trama, no qual, a inteligência é o fio horizontal e o
desejo é o fio vertical.
No
entanto, o simples ato de aprender envolve o princípio do prazer, os fatores
desejáveis e as compreensões dos processos do desenvolvimento emocional. Sendo
assim, os fatores emocionais entre o “eu e o outro” partem da primeiríssima
infância, e estes mesmos fatores determinam o convívio social. Winnicott (2005)
quando analisa o primeiro ano de vida da criança, examina que muitas coisas acontecem
entre a fecundação e o nascimento. Para ele o estudo clínico da evolução e do
caráter humano, mostra que é impossível ignorar as ocorrências dos primeiros
dias e horas de vida. “[...] a experiência do nascimento pode ser significativa”
(WINNICOTT. 2005. p. 3). Winnicott (2005) contribuiu profundamente para o
pensamento psicanalítico contemporâneo, médico pediatra, foi aceito pela
Sociedade Psicanalítica em 1927. E passou a atender crianças e mães no Hospital
Infantil de Londres, neste mesmo período segue as teorias e as orientações
clínicas de Freud, Melanie Klein, Wilfred Bion, Ana Freud e Jacques Lacan. Cabe
ressaltar, Melanie Klein foi uma das maiores terapeutas de crianças do Século
XX.
TEORIA PSICANALITICA DE WINNICOTT
A teoria
psicanalítica de Winnicott segue dois caminhos, o primeiro refere-se ao
desenvolvimento do bebê que corresponde á latência, o outro caminho teórico
refere-se aos cuidados maternos, suas características e adaptações, ou seja, a
necessidade especifica do desenvolvimento do lactante.
Para Winnicott (2005) é na dependência
absoluta que nasce a independência, e muitas coisas acontecem nos primeiros
anos de vida de uma criança, no qual, o desenvolvimento emocional materno/fetal
tem lugar desde o princípio. “A independência é algo que se realiza a partir da
dependência, mas é necessário acrescentar que a dependência realiza-se a partir
de algo a que se poderia chamar dupla dependência” (WINNICOTT. 2005. p. 5).
Ao estudar a
evolução da personalidade e o caráter da criança percebe que é impossível
ignorar as ocorrências dos primeiros dias e horas de vida, “[...] até a
experiência do nascimento pode ser significativa” (WINNICOTT. 2005. p. 3).
Ao estudar
clinicamente as raízes da agressividade Winnicott (2005) afirma que o
sentimento de amor e ódio são elementos construídos nas relações humanas. O
amor e o ódio envolvem agressividade, pois a agressividade pode ser um
sentimento de medo e/ou de defesa. “[...], todo o bem e o mal encontrados no
mundo das relações humanas serão encontradas no âmago do ser humano. [...], no
bebê existe amor e ódio com plena intensidade humana” (WINNICOT. 2005. p. 93).
Segundo ele (2005) a agressividade é escondida, disfarçada, desviada e é
atribuída a agentes externos, e quando manifestada é uma tarefa difícil de
identificar suas origens.
Assim, diante
das observações de Winnicott é necessário fazermos uma leitura de mundo. Ou
seja, não posso impor meu saber como saber verdadeiro, pois a compreensão
cognitiva é diferenciada de um sujeito a outro. Como já se observou as
experiências do nascimento até a primeira infância são significativas para a
formação e caráter dos sujeitos. Ou seja, tais vivências determinam a
construção da personalidade humana.
E uma das
tarefas fundamentais do ensinante é fazer a leitura e a releitura do grupo
aprendente, é analisar atentamente os fatores desejáveis e o princípio de
prazer. Segundo Freire (2010) o ensinante deve provocar a curiosidade
estimulando a generalização da nova forma de compreensão cognitiva, ou seja, o
contexto vivencial.
É complicado e
constrangedor a participação de um aprendente com dislexia numa sala de aula de
quarenta e cinco aprendentes. No entanto, mais constrangedora é a exigência de
compreensão do contexto ao disléxico. Para Freire (2010) a alfabetização numa
área de pobreza extrema só ganha sentido se com ela realizar-se uma análise
psicanalítica, histórico-político-social que resulte na eliminação
internalizada da culpa indevida, ou seja, ser pobre. Segundo ele (2010) as
desigualdades sociais unem-se a culpa introjectada pelo sujeito da negação
instintiva social. Há de se considerar que é necessário expulsar todos os
opressores sociais interiorizados pelos sujeitos oprimidos. Pois, a introjeção
Cs/Ics (consciente/inconsciente) reflete no Cs. É licito supor que a culpa
internalizada da negação instintiva e de miséria torna-se uma imagem mental Cs.
É como uma sombra invasora, pois a função do agir agressivo durante a fase
adolescente reveste-se de uma importância fundamental a economia
psíquica/pubescente. Tais economias interferem nos quadros patológicos.
Para a
psicanálise a sombra invasora nasce no princípio do prazer, ou seja, na ideia
do outro, afinal de contas, somos objetos de desejos Ics (prazer libidinal). No
entanto, convêm observar que à atual sociedade Capitalista, exige dos sujeitos
imagens físicas perfeitas. Ao mesmo tempo exige um poder Capital. Pois, na
atual sociedade só existimos economicamente, hoje somos reféns da violência
Capitalista que aprisiona inconscientemente os grupos sociais com marcas
publicitárias, e ao mesmo tempo somos vitimas do poder Educacional que escolhem
aprendentes. Mas, é necessário perguntar: quem promove a violência da exclusão,
da negação? Quem sou eu?
Segundo Marty[2]
(2012) a função defensiva do ego durante o período de latência transborda
acarretando sintomas e comportamentos inusitados. As práxis com adolescentes
autores de atos infracionais mostrou que as ações agressivas são respostas Ics/Cs
de traumas ocorridos na primeiríssima infância. Faz parte da negação do outro,
pois tais traumas causam-lhes uma confusão psíquica durante o processo de luto
adolescente.
É preciso
ressaltar que a agressividade faz parte da relação do sujeito com o seu outro
interno, tal relação une-se aos objetos transferenciais externos. “A latência
prepara a criança para a violência interna, ela lhe oferece meios para dominar
a pulsão[3],
ainda que a violência esteja menos presente em certos momentos de nossas vidas
[...]” (MARTY. 2012. p. 22).
Segundo Marty
(2012) o processo adolescente só pode começar na medida em que o sujeito
organiza de maneira afetiva seu período de latência. Ou seja, as calmarias
essenciais para o desenvolvimento psíquico interno. Cabe ressaltar que da
segunda infância à adolescência o sujeito passa por um processo de luto Ics. Ou
seja, a morte do infante e o nascimento adolescente. Tais estados emocionais
provocam-lhe recalque. “Com efeito, o recalcamento defeituoso que às vezes
podemos observar em algumas latências, provoca uma hipersexualização do pensar,
e uma hiperexcitação alimenta o recurso ao agir” (Marty. 2012. p. 23). Cibella
e Cardoso (2012) mencionam que adolescência é um momento em que as mudanças
físicas e psíquicas se dão. Pois, é uma trajetória onde a uma violenta
reviravolta no equilíbrio psíquico e nos níveis pulsionais/narcísico. Para as
autoras (2012) adolescer é um período de luto, e segundo seus pressupostos
bibliográficos o luto aponta três possibilidades: morrer com o objeto; substituir
o vínculo ou manter o objeto alucinatoriamente e/ou fazer o luto
propriamente. Neste caso, o adolescente se depara com uma única questão,
seu corpo não irá mais crescer e sim envelhecer.
Ao passo que, os
pais ao perceberem a mudança do corpo dos filhos, também se percebem velhos. Neste
caso examinam-se dois processos de lutos, dos filhos e dos pais. Contudo, para
Marty (2012) a violência pubertária tem um duplo movimento, o encontro em si
com o genital sexual e o movimento do encontro, no fantasma, ou seja, o objeto
parental. É necessário mencionar que
todas estas pulsões encontram-se no instinto de morte, ou seja, existe
um desejo de morte, este desejo é completamente inconsciente. Segundo
Marty (2012) é uma representação psicológica inconsciente do princípio da
constância. Ex: impulsos
agressivos (a agressividade é observada como autodestruição).
TESTES SOCIOMÉTRICOS (IMAGENS
PROJETIVAS CORPORAIS)
Os testes sociométrico com imagens projetivas
mostram variáveis morfologias[4] e
patologias narcísicas. Deldime[5]
(2004) apresenta três tipos morfológicos que correspondem a fatores
psicológicos: endomorfia-viscerotonia, mesomorfia-somatotonia e ectomorfia-cerebrotonia.
Pois,
os principais traços comportamentais e físicos dos tipos psicológicos apresentados
na adolescência são; Viscerotônico - endomorfo: contornos físicos arredondados e macios, fracos relevos
musculares, atitude relaxada, amor ao conforto físico, estes tipos apresentam
isolamento (timidez); Somatatônico – mesomorfo: as extremidades braços, mãos, dedos e pernas são longas com
cinturas escapulares mais fortes (contornos musculares), tais formas físicas
apresentam atitudes seguras, aventureiro, estes são mais comunicativos; o Cerebrotônico
- ectomorfo: a caixa torácica e
a bacia são planos, este tipo físico apresenta personalidade e atitude reservada, amor à própria
intimidade e hiperintensidade mental... (DELDIME. 2004. p.130).
Há
de se considerar que imagens narcísicas adolescentes possibilitam-lhe harmonia
e conflito de vida interna e externa, tais imagens psíquicas são envolvidas por
diversos quadros psicopatológicos. Ao passo que, as formas do corpo e rosto confirmam
sua identidade projetada socialmente, do mesmo modo são as marcas sociais
exteriores. Estas imagens espetaculares assumem um lugar mental principal, tais
imagens são inconscientes como: roupas, objetos e marcas publicitárias.
Voltando a
práxis com adolescentes autores de atos infracionais foram examinadas durante
cinco anos de acompanhamento que as influências de marcas sociais exteriores
interferem na aparência dos adolescentes. São elas: roupas, cortes de cabelos,
cordões dourados ou de asso inoxidável, terços (objetos Totêmicos), sandálias,
tatuagens, etc. Para Ouvry[6]
(20012) o adolescente mantem uma aparente coesão entre a desordem e a falta de
higiene corporal, tais comportamentos Ics causam-lhes enormes flutuações
angustiantes entre: o mundo interior e o mundo exterior.
Diante dos
pressupostos bibliográficos e as práxis com adolescentes autores de atos
infracionais, é licito supor que as singularidades e as subjetividades são definidas
por fatores histórico/sociais, físicos e relacionais. Pois, a relação do homem
com o mundo não é uma relação direta, ela é mediada por instrumentos e signos psicossociais,
tais signos determinam posições sociais e culturais. Assim, é necessário
examinar que as posições sociais orientam e muitas vezes determinam as
relações.
Pois, tais
contextos evidenciam que a compreensão emocional, afetiva e cognitiva dos
sujeitos é determinada pela sombra invasora da miséria humana, e das relações
desejáveis no princípio do prazer. Tais relações são construídas na primeiríssima
infância e na relação dual entre mãe/filho. “A criança é associada pela mãe à
ideia de um objeto interno, um objeto imaginado para ser instalado dentro e ai
mantido [...]” (WINNICTT, 2005. p. 21). Para o citado autor (2005) a mãe sadia
introduz uma identificação amadurecida com seu filho, pois o estado de
identificação do filho com a mãe encontra-se fortalecido neste conjunto de
qualidades e/ou características. Maldonado[7] (1985)
cita em sua obra dados do parto e puerpério, onde menciona que os impactos
psicofisiológicos gestacionais contribuem para o desenvolvimento fetal. O
ambiente físico e biológico contribui para um bom padrão comportamental emocional.
Pois, todos estes dados são enviados ao feto, e tais comportamentos maternos
podem interferir no desenvolvimento fetal. Segundo a autora (1985) os conflitos
emocionais da gestante são expressos pelo sistema endócrino e pelo hipotálamo,
tais sistemas atuam sobre a vascularização, oxigenação e atividade uterina. “A
hostilidade e a rejeição da gravidez podem ser transmitidas através de uma
tendência a acidentes, descuido da alimentação, obesidade, excesso de fumo,
álcool e drogas como tranquilizantes e soporíferos[8]”
(MALDONADO. 1985. p. 114). Diante dos dados apresentados neste artigo analisa-se
que por trás de uma queixa de aprendizagem é necessário que o profissional
tenha olhos clínicos, examine o silêncio.
Deve-se examinar
a rotulação exercida pela escola, o estado patológico de mães, os fatos
desejáveis da gestação e os estados puerpérios[9]. Infelizmente
muitos aprendentes são rotulados em conversas informais em salas de ensinantes.
Pois, o desconhecimento e a falta de estudo em pesquisas pedagógicas,
psicopedagogicas e psicanalíticas sobre o desenvolvimento humano/cognitivo e emocional/comportamental,
levam-nos ao rótulo. Diante de tais afirmações pergunta-se: O ensinante deve
fazer acompanhamento supervisionado ou análise pessoal?
RELAÇÕES TRANSFERENCIAIS
É necessário
examinarmos que as relações transferenciais entre ensinantes e aprendentes são
comuns. Voltolini[10]
(2011) examina que existe uma influência entre ensinante e aprendente,
sobretudo a partir do potencial opressor, essa opressão se daria pelo excesso
de repressão moral sobre a criança e o adolescente. Diante das realidades
educacionais examina-se que o processo de aprendizagem bancaria é um fator
real. Ou seja, muitos ensinantes imaginam que as aprendizagens se dão com o
sujeito imóvel (paralisado), proibido de falar. Para Voltolini (2011) os
aprendentes deparam-se com as investiduras dos ensinantes, tais investiduras
sustentam-se em fantasias reprimidas e não realizadas. Segundo o autor (2011)
algumas reflexões sobre a psicologia do escolar destaca-se nas auras
transferenciais. Pois, tais transferências decidem o processo de aprendizagem
dos ensinantes, do que as disciplinas que ensinam.
O que significa
aprender? Voltolini (2011) menciona que aprender é uma operação ativa, é ir lá
e pegar algo do outro, não é uma ação passiva de receber algo do outro, é uma
troca pulsional. Assim, para aprender é necessária uma aprovação, um
consentimento ativado em mim. Tal consentimento é ativado pelo desejo curioso
que é despertada pelo ensinante sendo reflexivo ao aprendente, não é uma ação
impositiva ela é passiva, deve transmitir calmaria.
TEORIA DO APARELHO PSIQUICO –
PSICANALISE
A primeira
teoria do aparelho psíquico examina a estrutura da personalidade humana. Pois,
os estudos clínicos desenvolvidos por Freud em adultos o levaram a conhecer
sobre o desenvolvimento psicossexual e comportamental da criança. Ou seja, as
teorias são compostas por três sistemas: o Id, o Ego e o Superego.
Segundo Freud
(1996) o Id é o sistema original da personalidade, é o reservatório da
energia física, dos quais retira sua própria energia e funciona de maneira a
descarregar as tensões, essa tensão é denominada de princípio de prazer e
dispõem de dois processos: a ação reflexiva e o princípio primário.
As ações reflexivas são ações automáticas e inatas do corpo humano,
piscar os olhos e respirar. Já o processo primário, envolve uma reação
psicológica mais complicada, tenta descarregar a tensão, é chamada de
satisfação dos desejos; Ex: alucinações, e visões psicóticas, imagens
mentais. O princípio primário é a sobrevivência corporal, é o instinto
da vida.
O
Ego
regula todas as necessidades do organismo requerendo transações apropriadas com
o mundo exógeno e objetivo da realidade. Contudo, existem diferenças entre o Id e o Ego. O Id
conhece a realidade subjetiva da mente (o desejo), é a fonte somática da
excitação, é responsável pelo princípio primário, sobrevivência orgânica. O
Ego distingue o sonho e a realidade, obedece ao princípio da realidade e
opera por meio do princípio secundário.
O princípio secundário é o pensamento realista, ou seja,
formula um plano para a satisfação das necessidades psíquicas, os desejos Ics.
É necessário perceber que do Ego procedem às
repressões mentais, pois a compreensão analítica do paciente em sessões
psicopedagogicas e/ou psicanalíticas defronta-se com a tarefa do terapeuta de
remover as resistências (repressões) que o Ego apresenta contra o preocupar-se
com o reprimido. Essa resistência do Ego emana do próprio Ego, pois o Ego é
também Ics (inconsciente), ele comporta-se como reprimido. “Esse Ics, que
pertence ao Ego não é latente como o Pcs (pré-consciente), pois, se fosse, não
poderia ser ativado sem tornar-se Cs, [...]” (FREUD. 1996. p.
31).
Segundo
Freud (1996) a consciência é a superfície do aparelho mental, é o primeiro a
ser atingido por fatores exógenos, e o Pcs acha-se muito mais próximo do
Cs que o Ics. Pois, o princípio
secundário, ou seja, a satisfação das necessidades psíquicas podem
ser Cs ou Ics. Segundo Freud (1996) todas as percepções são recebidas de fora
(percepções sensórias) e de dentro, ele chamou este fenômeno de sensações e
sentimentos. Para ele todas as sensações emocionais e físicas são Cs.
“Reconhecemos que o Ics (inconsciente) não coincide com o reprimido; é ainda
verdade que tudo que é reprimido é Ics, mas nem tudo o que é Ics é reprimido”
(FREUD. 1996. p. 30). Segundo o citado analista (1996) esse Ics reprimido pertence
ao Ego e não poderia ser ativado sem tornar-se Cs (consciente), porém para que
isto ocorra Id necessita do Pcs (pré-consciente) para tornar-se ativo.
É necessário examinar que o superego[11]
representa
valores sociais, tende mais à perfeição, do que ao prazer. Freud (1996) observa
em sua obra “O Ego e o Superego (ideal do Ego)” que a origem do superego é de
natureza biológica, histórica e cultural. “O superego não é simplesmente um
resíduo das primitivas escolhas objetais do Id; ele também representa uma
formação reativa energética contra essas escolhas” (FREUD. 1996. p. 47).
Segundo o citado analista (1996) o superego retém o caráter do pai, e quanto
mais poderoso o complexo de Édipo, mais rapidamente sucumbe à repressão, pois
quanto mais severo o fator paternal, mais o estado repressivo, ou seja, mais
será a dominação do superego sobre o Ego. Este processo edipiano aparece de
forma Cs e/ou um sentimento Ics da culpa. Com a internalização da moral social
(superego) os sujeitos aprendem a conduzirem-se de acordo com as normas e os
signos sócio/culturais ditadas pela família e/ou pela sociedade.
As
principais funções do superego são: 1)
inibir os impulsos do Id; 2) persuadir o Ego a substituir alvos
moralistas por alvos realistas; 3) lutar pela perfeição. Assim, diante dos
estudos psicanalíticos percebe-se que a dinâmica da personalidade é definida
pelos fatores psíquicos entre o Ego, o Id e o Superego, ou seja, fatores
históricos- políticos e sociais.
A DINÂMICA DA PERSONALIDADE
Influenciado pela filosofia
positivista do Século XIX, Freud considera o ser humano um sistema complexo de
energia pulsional, segundo ele a mesma energia que produz a força de respirar,
produz o pensamento, as imagens mentais e comportamentais. Pois, a força mental
é a mesma que define a energia do corpo e da personalidade, o Id[12].
Diante de tais observações é necessário perguntar: O que é instinto, e/ou
instinto de vida?
Instinto: é a representação
psicológica inata de uma fonte de energia somática de excitação, essa excitação
corpórea chama-se necessidade. Ex: o estado de fome é definido
pelo estado fisiológico neural como deficiência nutricional, e os estados
psicológicos são definidos como sobrevivência.
Instinto de vida: reside na sobrevivência e a propagação da raça
(desejos eróticos, libidinais), os desejos eróticos tem sua fonte de energia em
determinada zona do corpo. Ex:
pele ou membranas e mucosas.
Na infância os
instintos sexuais são independentes uns dos outros, mas quando o sujeito atinge
a puberdade os instintos tendem a fundir-se. Segundo Marty (2012) o processo
adolescente só pode começar na medida em que o sujeito organiza de maneira
afetiva seu período de latência, ou seja, calmarias essenciais para o
desenvolvimento psíquico interno. Assim, da segunda infância a adolescência o
sujeito passa por um processo de luto, é a morte da criança e o nascimento
adolescente. “Com efeito, o recalcamento defeituoso que às vezes podemos
observar em algumas latências, provoca uma hipersexualização do pensar, uma
hiperexcitação e alimenta o recurso ao agir” (Marty. 2012. p. 23). Para a
autora (2012) a violência pubertária tem um duplo movimento, o encontro em si
com o genital sexual e o movimento do encontro, no fantasma, ou seja, o objeto
parental. É necessário mencionar que
todas estas pulsões encontram-se no instinto de morte, pois é o
desejo de morte inconsciente do ser humano, é uma representação psicológica e
Ics do princípio da constância. Ex:
impulsos agressivos, agressividade observada como autodestruição, medo Ics de
si mesmo.
ANSIEDADES
Segundo Freud (1996) o ambiente externo possui zonas de
perigo promovendo ansiedade, sofrimento, aumento de tensão e medo, pois segundo
ele existem três tipos de ansiedade.
Ansiedade real: medo de que os instintos
fugirão ao controle; Ex: morte suplício ou instinto de morte.
Ansiedade neurótica:
autopunição do sujeito em razão de suas ações impulsivas; Ex: medo da
consciência, autopunição.
Ansiedade moral: violação do
código moral, realização dos desejos Ics, ação agressiva contra si mesmo.
DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE
Freud
(1996) da ênfase aos aspectos evolutivos da personalidade e destaca os
primeiros anos de vida da criança, ou seja, a personalidade se apresenta bem
formada ao nível dos cinco anos de idade e os anos subsequentes são dedicados à
elaboração desta estrutura, e segundo ele a criança é o pai do homem. É
necessário examinar que a personalidade evolui em resposta a quatro fontes
principais: Processos de crescimento
fisiológico; Frustrações; Conflitos e perigos.
EVOLUÇÃO
PSICOSSEXUAL DA CRIANÇA
Estágio oral ou canibal: vai de 0 a 1 ano, aboca e a sucção do
seio materno constitui a primeira atividade sexual da criança, o alimento está associado
à incorporação pela qual a criança apropria-se das qualidades do objeto
primário – o seio da mãe. Ou seja, a pulsão sexual se desenvolve com a
alimentação, princípio de vida.
Estágio anal: vai de 1 a 3 anos, a expulsão das matérias fecais, depois
de sua retenção, estimulam a mucosa intestinal erógena. É pela retenção das
fezes que a criança satisfaz sua pulsão de domínio. Examinar o filme:
“Precisamos falar sobre Kevin: o pequeno monstro da mamãe”, o filme retrata
sobre quadro psicopatológico adolescente, comportamento psicótico
(antissocial).
Estágio fálico: vai dos 3 aos 6 anos, desenvolvimento da personalidade,
neste estágio surgem às sensações sexuais, e as agressividades. É neste estágio
que se desenvolve o complexo de Édipo.
Estágio de latência ou genital: vai dos 6 aos 12 anos,
períodos Pré-genitais, narcisistas quanto ao caráter início da adolescência,
neste estagio nascem os prazeres da masturbação e as fantasias sexuais que
acompanha tal atividade, o sujeito tem satisfação ao estimular e manipular o
próprio corpo. Pois, o narcisismo canaliza as escolhas objetais genuínas
(transferência objetal), é a relação ilusória estabelecida pela criança com as
figuras parentais, pois a escolha parental será perdida por outros objetos de
amor. “Neste momento, o sujeito terá de abdicar dos objetos de amor da
infância, os pais, que sempre representaram uma segurança, também agora
perdida” (CIBELLA & CARDOSO. 2012. p.42). As citadas autoras (2012)
consideram muitas perdas durante a tarefa de separação, a perda do corpo
infantil trás o retorno ao complexo de Édipo. As perdas adolescentes
durante o processo de separação desencadeiam emergências da sexualidade genital
e podem ser traumáticas, uma vez que exige uma simbolização do excesso
pulsional inassimilável, pois os elementos dos excessos pulsionais serão incorporados,
sem que tenha havido apropriação.
As
práxis com o trabalho de Acolhimento Institucional mostrou completudes
bissexuais, latência, prazeres sexuais e fantasias (transferência dos objetais
e perdas Cs/Ics), pois os sentimentos de amor são direcionados por motivos
altruístas. Ou seja, amor desinteressado pelo outro, mera satisfação pessoal.
Cibella
& Cardoso (2012) mencionam que o papel de figuras parentais é de extrema
importância para a elaboração das perdas Ics da adolescência, devemos mencionar
que tais perdas também são sentidas pelos pais. “Todo esse processo de encontro
com a sexualidade possui uma dimensão de violência, assim como inclui a
necessidade de construção de uma nova identidade” (CIBELLA & CARDOSO. 2012.
p.45).
COMPLEXO DE ÉDIPO
É
uma catexia sexual por um dos pais do sexo oposto, e uma ante-catexia por um
dos pais do mesmo sexo. Para Cibella & Cardoso (2012) é um conjunto
organizado de desejos amoroso/hostis sentido pela criança em relação a um dos
pais.
Complexo de Édipo masculino: refere-se à ansiedade de
castração, é caracterizada pela figura do pai punitivo. O medo leva o menino a
reprimir o desejo sexual em relação à mãe, bem como a hostilidade em relação ao
pai. A hostilidade leva a criança a identificar-se com o pai, a criança obtém
uma satisfação de substituição dos impulsos sexuais em relação à mãe.
Complexo de Édipo feminino:
existe
uma troca do objeto do amor original – mãe, por um novo objeto – pai. O sentimento de culpa por sua condição de
castração enfraquece a catexe pela mãe, transferindo seu amor pelo pai. O amor
pelo pai, bem como por outros homens, aparece mesclado de um sentimento de
inveja. A inveja do pênis corresponde à ansiedade de castração da menina. Para
Freud (1996) todas as pessoas têm uma herança bissexual.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao
examinar os pressupostos bibliográficos da teoria psicanalítica registrada
neste artigo, examinaram-se também as contribuições de autores para uma análise
diagnóstica, e compreensão de estados comportamentais internalizados pelos
sujeitos. Tais observações psicanalíticas podem contribuir para avaliações
diagnósticas e sessões psicopedagogicas, conhecimento e desenvolvimento
psíquico dos sujeitos queixosos e seus comportamentos antissociais, evasões
escolares e a não aceitação metodológica apresentada pelo ensinante. Pois, os
fatores imaginário-fantasiosos-familiares sexuais maturativo contribuem também
para o desenvolvimento emocional e afetivo do sujeito social.
As informações
bibliográficas, e às práxis registradas neste artigo mostraram que é de
primordial importância um bom desenvolvimento gestacional, emocional/afetivo
entre mãe e filho, tais relações é de extrema importância para a formação do
caráter e da personalidade do sujeito social. Cabe ressaltar que os fatores
ambientais maternos conflituosos trazem consequências desastrosas ao
desenvolvimento fetal. Nestes escritos examinou-se também o princípio do prazer
e o objeto de desejo que envolve a criança, tais fatores contribuem para o não
aprendizado, e as evasões escolares durante o período de latência. Cabe
ressaltar que amamos o desejo e não o objeto.
De forma geral, é
necessário examinar atentamente e buscar todas as informações sobre uma queixa
de aprendizagem, as informações bem disponibilizadas contribuíram para a
construção da anamnese, ou seja, faz parte do desenvolvimento psíquico e
histórico/social do aprendente.
Os registros
pesquisados para a escritura deste trabalho mostrou a relação “eu/outro”, o
comportamento agressivo, o desenvolvido no período de latência, o
desenvolvimento da personalidade, algumas categorias psicológicas do
desenvolvimento humano, a influencia do desenvolvimento psicossexual na vida
dos sujeitos sociais e a necessidade de supervisão educacional aos ensinantes.
Pois, existem
diversos tipos de violência e agressividade, tanto da parte ensinante como da
parte aprendente, tais agressividades levam as evasões escolares e o
afastamento de profissionais. Contudo, às escolhas objetais, e transferenciais nascem
da substituição de amor. Ao mesmo tempo foi registrado a não compreensão dos
saberes acadêmico, e a não compreensão do “eu”, todos estes dados
contextualizados contribuem para um estado de morte Ics.
Foi examinada
também a rotulação exercida do ensinante ao aprendente. Cabe ressaltar que o
ensinante exerce uma influência Ics sobre os aprendentes. Pois, muitos
ensinantes não compreendem seus próprios sentimentos Ics/Cs, e muitos não
compreenderão o seu próprio processo de morte Inconsciente durante o período da
latência.
Com base nos
pressupostos bibliográficos e as práxis com Acolhimento Institucional e a
Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, analisou-se aqui a necessidade de
acompanhamento analítico durante a práxis com os trabalhos citados, bem como
para os profissionais educadores. Estes devem trabalhar questões
afetivo/emocional-familiar e o processo de morte Ics, e os fatores
transferenciais. Observou-se também a importância de supervisão profissional
durante os primeiros anos do magistério e estudos sistematizados contínuos.
Tais possibilidades podem trazer um bom desenvolvimento entre: o saber
acadêmico e a experiência vivencial de ambas as partes, aprendentes e ensinantes.
REFERÊNCIAS
CIBELLA,
Carolina, CARDOSO, Marta Rezende. A traumática experiência de perda na
adolescência. Brasília: Liber Livro e
Editora Universidade de Brasília, 2012.
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Sigmund. Obras psicológicas complementares. Vol. XIX. Rio de janeiro: Imago, 1996.
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Maria Teresa Pereira. Psicologia da gravidez: parto e puerpério. Petrópolis, Vozes, 1985.
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Universidade de Brasília, 2012.
WINNICOTT,
Donald W. A família e o desenvolvimento individual. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
VOLTOLINE,
Rinaldo. Educação e psicanálise. Rio de
Janeiro: Zahar, 2011.
[1] Manoel Esperidião do Rêgo Barros
Neto; Artista Plástico, Licenciado em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale
do Acaraú-UVA, Psicanalise (estudioso) pela Associação Psicanalítica Brasileira-APB,
Pós-graduando em Psicopedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA, Membro
do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte-IHGRN (Monografia
premiada e publicada em 2002). Atualmente atende a Secretaria Municipal de
Trabalho e Assistência Social – SEMTAS, Natal RN, onde trabalhou na Casa de
Passagem III com Oficinas Artístico/Pedagógica – Imagens Projetivas, a
Necessidade Especial (Oficinas de arte-Imagens projetivas) no Núcleo de Atenção
Especial-NAE, atualmente atende o Programa de Medida Socioeducativa em Meio
Aberto-PEMSEMA com Grupos operativos – Oficinas Artístico/Pedagógica – Imagens
Projetivas.
[2] Psicólogo, psicanalista,
professor de psicologia clínica, diretor do Laboratório de psicologia clínica e
de psicopatologia, Diretor do Instituto de psicologia da Universidade de Paris
Descartes. Nota do autor.
[3] Processo dinâmico que faz o
organismo tender para uma meta, a qual suprime o estado de tensão e excitação.
Nota do autor.
[4] Estudo da forma, da aparência
física dos indivíduos. Nota do autor.
[5] Roger Deldime dirige um centro
de pesquisa e de formação na Universidade Livre de Bruxelas. Coordenador
cientifico de inúmeros congressos internacionais na área de psicologia infantil
e educação, muitas publicações entre elas “Introdução à la psycopedagogie.
[6] Olivier Ouvry, Psiquiatra,
psicanalista e mestre de conferencias da Universidade de Paris, nota do autor.
[7] Maria Tereza P. Maldonado,
mestre em psicologia clínica pela PUC/RJ, com algumas obras publicadas pela
Editora: Vozes, sobre a maternidade e a paternidade.
[8] Narcótico, substância química,
nota do autor.
[9] Período que decorre desde o
parto até que os órgãos genitais, o estado geral da mulher voltem as condições
normais, nota do autor.
[10] Rinaldo Voltolini,
professor-doutor da faculdade de Educação da USP, psicanalista e pós-doutor na
Universidade de paris.
[11] Superego – conjunto de forças
morais inibidoras que se desenvolvem sob a influência da educação durante o
processo de socialização das crianças, nota do autor.
[12] Sistema básico da personalidade,
e possui conteúdos inconscientes, por um lado hereditário, por outro, recalcado
e adquirido. Nota do autor.
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