Data:
24/06/13 – mundo esgotado
Curioso, mas ainda pensando sobre o
silêncio sentido pude perceber que este estado de taciturnidade são desejos
inconscientes. É como perceber o princípio de um prazer frustrado. Seria uma
recusa ao mundo esgotado?
Não, é estar próximo dos
questionamentos do “eu social e familiar”, é exprimir uma imagem espetacular
direcionada ao “eu-atual”.
Ao mesmo tempo o silêncio é resignado,
ou apenas percebe um corpo diante do espelho. É uma imagem despedaçada pelos
alhures. Tais imagens têm rostos que nunca se reduzem aos traços. Para Lacan o
estádio do espelho marca um começo, o nascimento da imagem do “eu” ou é a pré-formação
da imagem do “eu social”.
Contudo, essa imagem refletida
diante do meu espelho, é a imagem espetacular direcionada sobre os olhos
atentos do meu “eu social”. Ela tem rostos, rostos como janelas abertas para
outros alhures.
E se as janelas fecham, não voltam
jamais, caem no esquecimento. Porém, estas imagens têm nomes e prenomes,
carregam lembranças de outro “eu”. Um “eu” esquecido, vivido em outros tempos,
tempos perdidos, mas significados.
Já os encontros ou as minhas buscas
familiares, são para mim pontos umbilicais, seria um retorno ao útero familiar,
um retorno a momentos que necessitam de compreensões. Estes momentos passados
fazem o agora.
É nestes encontros sadios ou não,
nos levam de volta ao aconchego, ao calor do útero materno, é uma busca por
amparo, por proteção.
Lamento, mas vou me despedir de
vocês, até breve! Desculpem-me se incomodo com mais uma significação do
silêncio. Saudades de minha mãe, de minha casa, dos braços que me afagavam; um
abraço amigo!!
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