Data:
02/09/2013 - imagem do corpo próprio
Vagar mentalmente em desejos silenciados e não
vividos é despir-se em publico com pudor, é como se os outros lessem nossos
pensamentos. Às vezes as imagens são tão reais que reproduzimos em expressões
corporais, curioso, mas o nosso corpo é um reflexo dos nossos estados
mental/vivenciais.
Aos
dois anos de idade ocorrem às primeiras manifestações simbólicas, é pela
experiência que delimitamos o nosso corpo e a descoberta de mundo aos cinco
possibilitam aos sujeitos a formação da personalidade.
Devo ressaltar que os primeiros
anos de vida de uma criança traz-lhe grande importância para o desenvolvimento da
inteligência, da afetividade e das relações sociais. Estas realizações sejam
boas ou más vêm determinar em grande parte as capacidades futuras. Nasio
menciona que nosso eu é uma ideia íntima do corpo, é um estímulo interno das
nossas sensações corporais.
O neuropsiquiatra,
Jean Lhermitte, especialista em fenômenos alucinatórios revela em 1939, estudos
psicopatológicos. Ele chamar de “imagem do corpo próprio”, este mesmo termo
passa a ser utilizado posteriormente por Lacan. Nasio em sua obra: “Meu corpo
suas imagens”, revela que não somos apenas um corpo físico, somos o corpo que
sentimos e o corpo que eu vejo através do outro. Ou seja, somos a representação
mutante deste outro, refletimos o outro como um espelho.
Nasio revela que o “eu” é composto
por duas imagens corporais de natureza inseparável, ou seja, revelamos imagens
mentais de nossas sensações físicas sejam reprimidas ou não. Revelamos à imagem
espetacular da nossa aparência desejante, a aparência do nosso corpo em carne e
osso. Curioso, mas as nossas imagens mentais são substratos de nossa
identidade, são imagens subjetivas e deformadas por nós diante do superego
social.
Examinando
a primeira teoria freudiana, o Id é suprimido pelo Ego; o primeiro revela o
sistema original da personalidade, é o reservatório das energias e dos desejos
físicos e psíquicos; o segundo distingue entre o sonho e a realidade, obedece
ao principio da realidade por meio do princípio secundário. O superego vem
representar os valores sociais, tende mais a perfeição, do que ao prazer.
Diante
de tais contextualizações percebo que as imagens oníricas reveladas ao meu
consciente representam sensações de prazer e desejos libidinais não vivenciados.
Assim, comecei a dissertar sobre as
imagens que vagueiam e às vezes se constroem em expressões corporais.
Acho que mais uma vez despeço-me de
todos em busca de respostas e sensações corporais. Até breve.
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