INTRODUÇÃO
Zygmunt
Bauman menciona sobre uma sociedade líquida, estamos cada vez mais aparelhados
tecnologicamente. As relações intrapessoais dão lugar a relações virtuais, isto
quer dizer que as pessoas estão próximas virtualmente, mas emocionalmente
distantes uma das outras.
O
mundo pós-moderno e a sociedade de produção (Indústria Cultural) levam os
homens ao consumo desenfreado, a fragmentação da sua identidade. É importante
destacar que a sociedade atual entra num processo de fragmentação da vida humana.
A
cultura e a educação são conduzidas e/ou adaptadas por interesses econômico-industriais.
As tecnologias comandam as sociedades à individualização, hoje tem que se
redefinir o significado da vida, o proposito e a felicidade.
O homem
contemporâneo redefine sua própria identidade a cada clique, esta redefinição nasce
em conexões virtuais. Não existem amizades, mas conexões off-line,
desconectamos o outro num simples “delete”. Ao mesmo tempo multiplicamos- nós,
as conexões, as relações às interdependências e as comunicações.
Bauman
menciona que nas redes virtuais existem milhões de solitários, para ele essa situação
é um fenômeno curioso e ambivalente. As redes sociais conduzem pessoas
solitárias no meio de uma multidão de solitários.
A
segunda Guerra mundial dá lugar à guerra fria, ao desamparo, a fome e a
miséria, abre espaço à tecnologia. Soldados são modificados emocionalmente
(drogas induzem a dopamina) para poder abarcar tempos líquidos. A tecnologia
trouxe também soldados com inteligência artificial.
A guerra fria transformou o mundo isolando o homem do homem,
no entanto, este mesmo homem foi globalizado economicamente. As atuais sociedades
residem em condomínios planejados, isolada confortavelmente. Vive-se hoje uma
ambivalência, no qual, não se consegue ter uma vida digna, consegue-se apenas
ter segurança. “Quanto mais segurança, mais se entrega a liberdade, e quanto
mais liberdade menos segurança” (https://www.youtube.com/watch).É importante
destacar que viver com segurança é viver sem liberdade. O homem pós-moderno é
escravo da sua própria segurança.
O mundo atual esta repleto de doenças como o
Câncer (alimentos geneticamente modificados contribuem) e morre-se mais do
coração (stress, solidão e medo), a depressão e as viroses são doenças do século
XXI. O cinema faz grandes produções cinematográficas sobre viroses, filme: “A
lenda”.
O MUNDO PÓS-MODERNO E A CONDUÇÃO DO INDIVÍDUO
Os
laços humanos resumem-se a redes virtuais, facebook, whatsapp entre outras.
Bauman menciona que existe uma diferença entre comunidade e rede, a comunidade
precede você, a rede conecta e desconecta-o virtualmente.
A
modernidade líquida promove exclusão (apartheid), fome e uma não distribuição
de renda, milhares de pessoas vivem em guetos. Na atual seleção e/ou
organização social, tais comunidades fora dos contextos econômicos globalizado
são “deletadas”.
O
homem do Século XXI mostra uma dificuldade de comunicação afetivo/social,
ele é “desconectado social e emocionalmente”. No entanto, ressalta-se que este
mesmo homem necessita sentir-se amado, ouvido e amparado. Seu comportamento emocional demonstra que ele não tem controle
sobre sua inteligência emocional (autoconsciência). Goleman (2014) menciona que existem pessoas
com alta intuição social, estas pessoas demonstram altos níveis de atividade. “[...],
aqueles cujo foco simplesmente não consegue captar uma expressão emocional
apresentam baixos níveis de atividade” (GOLEMAN, 2014. p. 117).
Quando
os aprendentes não se encaixam cognitivamente, são excluídos pelos próprios
ensinantes. Diante
deste contexto pergunta-se: O que falta neste ensinante? Qual o conceito de
Pedagogia?
Examina-se
que em muitos casos faltam ao ensinante habilidades pedagógicas científicas. A Pedagogia
interage com outros conhecimentos científicos, liga-se a Filosofia, a Sociologia,
a Antropologia e a um vasto conhecimento Psicológico. “A empatia depende de um
foco da atenção: entra em sintonia com os sentimentos de alguém, exige que
assimilemos os sinais faciais, vocais e outros indícios de suas emoções”
(GOLEMAN. 2014. p. 104).
Tais
conhecimentos unem-se a preceitos científicos que orientam as atividades
educativas de modo a torna-la mais eficiente. A educação do Século XXI transformou-se
em negócios lucrativos economicamente, ter é poder. Este poder econômico encaminha
o sujeito ao poder supremo, conhecimento Intelectual. O atual modelo educacional
é resultado da Indústria Cultural e/ou é resultado da nova “Revolução
Industrial”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante
das contextualizações Bauman, crê-se em novos conceitos educativos, mas para se
chegar ao imaginário curioso do aprendente é necessário ter empatia e domínio
da inteligência emocional.
Em
tempos modernos (conexão off-line) a didática deve ser provocativa, deve tirar
o aprendente da zona de conforto ou “desconectando-o do mundo virtual”. A
internet é um dos grandes problemas desta sociedade líquida. Levam os sujeitos
a muitas janelas virtuais. É um dos grandes indícios de falta de foco, atenção.
Mas,
como deixar o aprendente off-line? Como despertar curiosidades educacionais em
tempos pós-moderno? Como despertar curiosidade e questionamentos em sala de
aula? Como mexer com o imaginário criativo?
Para
que este contato aconteça é necessário que o mediador examine a si mesmo,
avalie todas as situações emocionais, inclusive seu próprio estilo cognitivo. Só
então perceber outros estilos. Depois, só depois avaliar todas as contextualizações
e subjetividades.
Feuerstein
(2014) afirma
que o mediador necessita considerar todos os dados e todos os significados. Ele
deve decidir ou não realizar uma resposta especifica que foi planejada, e se
esta resposta for realizada, deve possibilitar habilidades. Só então o
ensinante pode decidir como, onde e quando implementa-la.
REFERÊNCIAS
FEUERSTEIN, Reuven. Além da
inteligência: aprendizagem mediada e a capacidade de mudança do cérebro.
Tradução de Aline Kaehler. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
GOLEMAN, Daniel. Sensibilidade
social. 1. Ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. Pp. 116 a 124.
___________. Triade da Empatia. 1.
Ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. Pp. 99 a 114.
Comentários
Postar um comentário