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Mundo Virtual - Espelho, espelho meu quem é mais bonito do que eu?


O mundo Contemporâneo trás uma virtualidade, este universo converte-se em instrumentos privilegiados para exploração de novos tipos de espaços Narcísicos - transferências psicossociais.
O drama do Eco de Narciso esta presente no mundo virtual, onde os corpos encantados com a virtualidade se confundem com a própria realidade, ou seja, não existe ligação entre as imagens sonoras e corpos reproduzidos nestas redes.
Como um espelho, as teias sociais transparecem projeções interiores do eu-isso, são transferências transmitidas pelos outros. Estes sujeitos transladam uma necessidade de ser o que é reflexo.
Daniel Calmels, escritor e Psicomotricista Argentino menciona que o espelho é o carbono intocável, é uma marca sem pegada, não guarda a privacidade da noite, ignora a noturnidade. 
É importante citar que o drama Mitológico do Eco de Narciso reflete-se no mundo contemporâneo virtual - redes sociais, estes espaços revelam pulsões ligadas ao eu-isso. E como um espelho, evidenciam diferenças produtoras nos desejos, transformando-se em catexia. Tais réplicas evidenciam-se apenas em ícones virtuais, registros não sonoros. São representações transferenciais do Narcisismo psicossocial, ligada ao self.  
As imagens marcam apenas a irredutibilidade do olhar, da palavra que não pode se harmonizar plenamente. E transportam apenas imagens Narcísicas egocentrizando estados inconscientes transferidas a mim. Estas transferências ligam-se aos meus em desejos inconscientes, deste modo, todas as imagens refletidas em redes sociais não passam de puro reflexo interior psicossocial. Diante de tais contextualizações pergunto: qual a minha imagem?


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