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A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO


HESSEN, Johanes. A possibilidade do conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, 1999. Pp. 29 a 45.

 

                                                  BARROS NETO, Manoel Esperidião do Rêgo
 

SINTESE ESQUEMATICA 

DOGMATISMO
Para o dogmatismo o conhecimento não é um problema. Cabe ressaltar que ele não observa o conhecimento como uma relação entre: sujeito e objeto;
No entanto para estudarmos o dogmatismo devemos procurar compreender o período histórico Pré- socrático: os filósofos jônios da natureza, os eleatas, Heráclito, os pitagóricos, são inspirados por uma confiança ingênua na eficiência da razão humana. Voltados para os entes, para a natureza, não percebem o conhecimento como problema. Dos sofistas em diante, encontraremos reflexões criticas sobre o problema do conhecimento.
Kant acreditava que a designação “dogmatismo” deveria ser levada aos sistemas metafísicos do século XVII (Descartes, Leibniz, Wolff). Sua definição de dogmatismo na critica da razão pura nos leva a conhecer. Neste sentido, passamos a compreender que os sistemas Pré-Kantianos da filosofia moderna são, dogmáticos.
O CETICISMO
O ceticismo de sképtesthai (voyeurismo), considerar, examinar, neste ponto convém examinar uma grande contradição na teoria do ceticismo, examinar não é aprender? Para o ceticismo, o sujeito não seria capaz de apreender o objeto. O conhecimento como apreensão afetiva do objeto seria, segundo ele, impossível.
Enquanto o dogmatismo de certo modo desconsidera o sujeito, o ceticismo não enxerga o objeto. Seu olhar está colocado de modo unilateral ao sujeito [...].
Ceticismo metódico – negação das leis do pensamento e o princípio de contradição;
Ceticismo médio ou acadêmico – Arcesilau (241 a.c) e Carnéades (129 a.c). Um conhecimento no sentido estrito é impossível, isto é, não devo dizer que esta ou aquela posição é verdadeira, e sim que parece ser verdadeira.
Montaigne – Ceticismo Ético;
 Hume – Ceticismo Metafísico (positivismo);
 Descartes – Ceticismo Metódico (duvida metódica).
O SUBJETIVISMO E O RELATIVISMO
Restringe a validade da verdade ao sujeito que conhece que julga;
Subjetivismo – o conhecimento depende de fatores que reside no sujeito;
Subjetivismo individual – o juízo vale apenas para o sujeito que o formula, ex: quando julga que 2x2= 4 esse juízo é verdadeiro apenas para mim;
Subjetivismo genérico – verdades supra individuais, todo juízo tem validade apenas para o gênero humano, ex: 2x2=4 vale para todo indivíduo humano.
Relativismo – nenhuma verdade é absoluta, toda verdade é relativa, e todo conhecimento depende de fatores externos. Para Spengler (livro – Decadência do Ocidente) – o âmbito de validez da verdade coincide com o âmbito cultural do qual provém seu defensor.
Devemos observar que o subjetivismo e o relativismo padecem de condições semelhantes as do ceticismo.
PRAGMATISMO
Significa a negação da possibilidade do conhecimento, segundo essa teoria o homem é um ser prático, dotado de vontade, ativo, não é um ser pensante, teórico. Seu intelecto está voltado ao seu querer e seu agir. O intelecto não lhe foi dado para investigar e conhecer, mas para orientar-se na realidade.
O pragmatismo – desconhece o valor próprio, a autonomia do pensamento humano.
CRITICISMO
O criticismo compartilha uma confiança com o dogmatismo axiomática na razão humana: o conhecimento é possível, contudo, desconfia do conhecimento determinado.
Kant (fundador do criticismo), sua teoria passou pelo dogmatismo e ceticismo, segundo ele, ambos são unilaterais.
A teoria do conhecimento fundamenta o conhecimento.
Hegel – para investigar o conhecimento devemos primeiro conhecer todo o processo [...].

 

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