MOZER, P. K.; MULDER. H.
Dwayne; TROUT, J. D. A. Teoria do
conhecimento. São Paulo: Martins Fontes, R008.
BARROS NETO, Manoel Esperidião do Rêgo
O presente estudo baseia-se em analisar as
fontes do conhecimento, e ao mesmo tempo, apresenta as fontes tradicionais
debatidas pelos racionalistas e empiristas. Neste estudo ele menciona sobre o
empirismo conceitual e o empirismo básico. Em sua explicação estes fatos são
posições logicas e independentes e ao mesmo tempo nenhuma delas acarreta ou
implica uma ou outra. Certas proposições segundo o racionalismo detém um status
epistemológico privilegiado pela sua natureza, neste momento cita dois
exemplos: (1) para todo conhecimento existe uma causa, (2) dois objetos não
podem ocupar exatamente o mesmo espaço, lugar e tempo. Segundo ele estas
proposições são epistemologicamente especiais, ambas são cognoscíveis e não analíticas.
É pertinente mencionar que segundo suas análises os empiristas costumam negar o
seu próprio conhecimento, sintéticos e a priori, ou conhecimento de proposição.
Para eles a proposição de que todo conhecimento tem uma causa, aparece
sintética ou apriorística.
Quando trata sobre a argumentação
racionalista em favor do conhecimento inato trata da argumentação moderna e
chama de “argumentação da pobreza do estímulo”. Segundo ele a existência do
conhecimento inato é dirigida a partir de um domínio especifico, isto é, ele
considera que este fato da aquisição nasce da competência ou capacidade inata. Como
exemplo trata sobre o processo linguístico passado a criança na fase de
desenvolvimento, observa que os processos de desenvolvimento linguístico dos
sujeitos nascem das contribuições exógenas. Citando Jerry Fodor (1975) menciona
que, o único modelo de aprendizado que dispomos envolve a formulação de hipótese
a respeito do mundo. Ele considera que essas observações do argumento
racionalista em favor do conhecimento inato dos sujeitos têm ramificações contemporâneas.
Ao mencionar o empirismo, o
positivismo e a subdeterminação, ele trata sobre o empirismo de Hume (1748),
este dado teórico foi motivado por considerações semânticas, sobre os sentidos.
Consiste em questionar o sentido de conceitos que não têm bases em
experiências. Ao mesmo tempo cita sobre o Circulo de Viena, onde vários positivistas
lógicos passaram a defender o principio da verificação e do significado. Estes estudiosos
afirmavam que toda proposição dotada de significação pode ser passiva de
observação.
Quando trata da intuição e os relatos em
primeira pessoa, cita os argumentos epistemológicos iniciados pelos filósofos,
e trata das intuições a cerca da natureza e do conhecimento. Examina as
instituições como fonte teórica de conhecimento natural, isto é, devemos
considerar as instituições como argumentação a partir da sua própria teoria. Os
relatos dos sujeitos como primeira pessoa são fontes importantes do
conhecimento quando esse objeto de conhecimento é o próprio sujeito. O autor
considera que a intuição como linguagem usual pode ser o ponto de partida para
uma investigação filosófica, ao mesmo tempo ele deixa uma grande duvida em seus
relatos, e cita que, estes fatos não são campos adequados a questões teóricas
importantes. Em outro sentido ele observa que estes fatores do conhecimento
natural é uma faculdade especial da percepção humana. Como exemplo trata sobre
o conhecimento das propriedades morais (signos sociais) pelo exercício da
intuição, e abre uma questão importante a ser estuda, “se há muitas pessoas que
não têm essa faculdade, por que isto acontece”?
Examina minuciosamente o
conhecimento e o conjunto da percepção e da memória, em sua argumentação afirma
que a memória está por trás de boa parte dos conhecimentos que supomos ter. Segundo
ele, a memória relativa à nossa própria pessoa contém informações errôneas a
cerca dos objetos de lembranças. Como exemplo traz: quando pensamos sobre um
acontecido, na realidade não aconteceu com nossa pessoa, e sim com alguém
próximo a nós. Em suas observações ele registra o efeito da informação errônea
sobre a memória essa informação é bastante poderosa, neste tópico ele menciona
outro exemplo sobre um estudo desenvolvido por voluntários, (signos de transito).
Os voluntários assistiram em slides a um determinado acontecimento. E receberam
informações verbais a respeito do acontecido, estas informações não continha
detalhes cruciais para causar confusão. E depois foram submetidos a um teste de
memória com perguntas sobre os detalhes. Neste estudo os mediadores colocaram o
nome “sigam” na cor vermelha, depois os voluntários foram submetidos a um teste
de dupla escolha.
Quando trata sobre a unificação teórica,
parte do pressuposto de que qualquer objeto real tem diversos efeitos, e
menciona como exemplo uma árvore e seus efeitos naturais. Ao mesmo tempo cita a
existência das controvérsias sobre as causas naturais e os estudos que
determinaram conhecimentos. Neste ponto ele examina a hipótese que possa
unificar uma variedade de informação empírica e teórica. Contudo, ele menciona
que estas estratégias se manifestaram nos primórdios das ciências experimentais
modernas e em outros contextos.
Por fim trata do testemunho e a dependência
social, e cita que a confiabilidade da dependência nasce da posição especial
ocupada pela pessoa que confiamos. Essa posição assume várias formas como: uma
especialização técnica baseadas em informações teóricas, uma especialização
prática e ou uma capacidade perceptiva normal.
Para ele o a dependência social
epistêmica tornasse evidentes também nos contextos familiares. Neste ponto ele
chama a atenção sobre as influências sociais e culturais, e examina que o
reconhecimento da ideia de que a experiência ou a confiabilidade é sempre
relativa a um determinado domínio. E considera a ideia sobre à triangulação
entre: a ciência e o senso comum. Esta triangulação sucede numa variedade de
disciplina e contexto, isto é dedução e indução, a este ponto ele chama de
racionalidade. E conclui, referindo-se a epistemologia que trata do modo pelo
qual, essas práticas se vinculam com o mundo. Não a duvida que o conhecimento seja
mediado entre as instituições humanas – especificamente ligada à cultura e as
condições de tempo e lugar. Porém, ele se volta para a complexidade e a essência
do desempenho e do testemunho no processo do conhecimento.
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