O processo avaliativo nas oficinas
de arte e cidadania deve acontecer diretamente com o grupo, observando os
recursos e as representações subjetivas transmitidas ao papel, bem como os
gêneros linguísticos. Devemos ter em mente que para se analisar uma composição
artística, uma instalação ou uma composição musical, devemos estar atento ao
artista, depois ao que se observa sobre o mundo vivido, e por fim ao todo.
Deve-se ter uma leitura descritiva e reflexiva sobre as representações
subjetivas, e objetivas e as experiências vivenciadas.
As análises avaliativas e todo processo de oficinas
psicotécnicas de artes visuais devem destacar: unidade e contraste,
criatividade, coordenação motora, ideia de espacialização, peso, ritmo visual,
linha de força e equilíbrio, estado emocional, ligação inconsciente do presente
e do passado vivido e por fim a relação significante e significado. Diante
deste contexto as composições vão transmitir elementos de diferentes
significados: dinamicidade, elasticidade, vitalidade, casualidade, provocação,
realismo, agressividade, religiosidade, mundanidade, silêncio, realidade,
irrealidade, medo, tristeza, angústia e alegria.
Esses recursos ou métodos
desenvolvidos em oficinas têm como finalidade trabalhar os potenciais
cognitivos como: a atenção, a coordenação motora, noção de espaço e criatividade.
Há de se considerar que as oficinas podem levar o sujeito a um sentimento
negativo ou um comportamento hiperativo. Contudo, estes sentimentos vai Possibilitar
ao sujeito deslocar suas energias da imagem ação em símbolos abstratos e
significativos, devendo despertar o retorno a um estado emocional de reflexão
comportamental ou ao retorno socioescolar.
Porém, é necessário observar nas composições
os sonhos, os medos e as agressividades, estes pontos na maioria das vezes não foram
expressos durante o comentário de avaliação. Esses recursos simbólicos
registrados em papel, em instalação artística ou nas composições musicais
permitem a interação entre, o sujeito criador com a composição artística
(criação). “As imagens escapam com mais facilidade do superego, melhorando a
expressão linguística” (FREUD. 1996. p. 31).
REFERÊNCIA
FREIRE, Paulo.
Educação como prática de liberdade.
Rio de Janeiro, Paz e Terra. 2010.
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