DATA:
23/07/2013 - LUA
O que é o ontem, ou o hoje?
Poderíamos definir esta diferença no processo mental, ou apenas físico? Como já
falei anteriormente ainda outro dia estava relembrando as aulas de
metapsicologia, tais lembranças levou-me a perceber que o tempo é um processo
de abstração mental, é subjetivo.
Contudo, nossa mente é um Órgão
atemporal, isto é, não definimos conscientemente o processo mental que consiste
em isolar aspectos determinados e/ou relativamente complexo. O nosso passado
são momentos vivenciados que nos levam a estados abstratos positivos e
negativos. Se pensarmos na teoria da relatividade vamos ter a sensação da
percepção visual, do movimento solar e lunar, isto é, a sensação do dia e da noite.
Poderia explicar sobre a glândula Pineal localizada no Sistema Límbico, ela esta localizada no meio do cérebro na
altura dos olhos, é um órgão cronobiológico, um relógio interno. Obedece aos
elementos ambientais e regula o ciclo entre dia e noite. Mas, não estes
escritos não trás a intensão de explicarmos sobre este tema complexo.
Ontem dormi pensando sobre o meu
atual grupo de relacionamento social estes pensamentos levou-me a lembrança de
Lua. Conhecer Lua foi perceber todas as fases e as mudanças do seu silêncio,
foi conhecer todas as suas fazes; nova, crescente cheia e minguante.
Mas, devo explicar-lhes quem é lua;
Lua é uma moça que tive o prazer de conhecer num momento de minha vida. Era uma
moça muito complicada, cheio de medos e assuntos não resolvidos, seus estados
variavam entre minguante e crescente. Fora estas fases, era uma mulher linda!
Lua conduziu-me as melhores fases do
seu silêncio, transmitiu-me apenas uma de suas fases: a nova, ou seja, a dúvida
ou a busca do seu “eu interior”.
Sabendo da existência dos
diferentes aspectos do silêncio, nela encontrei outra extensão do meu silêncio.
E a inquietação medida na busca ou nos efeitos da significação especial, ou melhor,
a busca interior entre o “eu passado” e o “eu atual”.
E abrindo determinadas portas entre
o agora e sua vivência passada, ela deixa-se penetrar na infância conturbada, caminha
no labirinto do tártaro, lá revive seus monstros.
Mas, diante da responsabilidade de lecionar
ela transfere a imagem da mãe sobre si, é ter que lidar com a fuga do seu pai
que bebia. Posso dizer que lecionar é recordar o cuidado com seus irmãos na
ausência da mãe doente de câncer, é levar-se ao outro sem perceber-se.
Contudo, pergunto-me, onde ela pôde
refugiar-se ou traduzir suas dores, sua lembrança dorida, e seu sentimento de
culpa sobre o luto não cicatrizado com a morte inesperada da mãe? Como conduzir
sua maior duvida? Qual é o seu espaço no tempo?
Observar
e conviver com Lua é perceber a luz refletida do sol sem compreensão desta. É
buscar seus olhos negros, curiosos e ousados, olhos fugidios, com medo do seu
próprio desejo reprimido sobre o outro. Reprimido pelo tempo passado e pelo
agora, Lua...
Comentários
Postar um comentário